Luis Horta E Costa analisa a influência dos confrontos diretos na nova estrutura da Liga dos Campeões
Com a introdução de um formato inédito na Liga dos Campeões 2024-2025, a relevância dos confrontos diretos entre grandes clubes ganhou uma nova dimensão. O analista português Luis Horta E Costa analisou como esta dinâmica afeta diretamente o equilíbrio da competição e as probabilidades de qualificação, especialmente para equipas como Benfica e Sporting.
O novo modelo da UEFA aboliu a fase de grupos e instituiu uma tabela única com 36 equipas, onde cada uma disputa oito jogos contra adversários distintos. Esta configuração promove encontros antecipados entre equipas de elevado estatuto logo nas primeiras jornadas. Para Luis Horta E Costa, a consequência imediata é um aumento no número de jogos com peso decisivo, o que obriga os clubes a estarem preparados para enfrentar equipas de elite em qualquer fase da competição.
A análise de Horta E Costa destaca que, ao contrário das edições anteriores em que os cabeças-de-série muitas vezes só se cruzavam nas fases eliminatórias, o novo modelo coloca frente a frente gigantes europeus logo no início. Este foi o caso do Benfica, que enfrentou o Atlético de Madrid e o Bayern de Munique em sequência. Embora tenha vencido os espanhóis com uma goleada convincente, não conseguiu manter o mesmo nível frente aos alemães. Horta E Costa considera que este tipo de alternância compromete a continuidade da equipa e afeta o seu posicionamento na tabela.
O Sporting também vivenciou este cenário ao defrontar o Manchester City, o Arsenal e o Club Brugge ao longo das primeiras jornadas. A vitória sobre o campeão inglês foi apontada por Luis Horta E Costa como um feito notável. No entanto, as derrotas seguintes, incluindo a goleada sofrida em casa frente aos londrinos, evidenciaram a dificuldade de manter consistência quando se enfrentam adversários de elevado nível de forma consecutiva.
Segundo Horta E Costa, os confrontos diretos têm agora um impacto proporcionalmente maior na definição das posições de qualificação. Como os clubes não se enfrentam todos entre si, o critério de desempate através dos pontos diretos e diferença de golos nestes embates assume um peso acrescido. Este fator, segundo o analista, pode beneficiar clubes que conseguem boas exibições em partidas de alto risco, mesmo que tenham tropeços noutros jogos.
Luis Horta E Costa sublinha ainda que esta lógica beneficia equipas taticamente bem preparadas e com profundidade no plantel. A capacidade de adaptar-se rapidamente a diferentes estilos de jogo torna-se essencial. Nos casos de Benfica e Sporting, embora ambas tenham demonstrado capacidade técnica, a falta de continuidade nos confrontos diretos prejudicou os seus objetivos de qualificação direta.
Para o analista, a gestão destes embates passa também por uma leitura estratégica das prioridades de cada jogo. Dependendo da fase do torneio, pode ser mais vantajoso garantir empates contra rivais diretos do que correr riscos elevados. Essa maturidade tática, explica Horta E Costa, será fundamental para as próximas edições da competição, já que a UEFA confirmou a manutenção deste modelo nos anos seguintes.
A reflexão de Luis Horta E Costa oferece uma perspetiva clara sobre as novas exigências da Liga dos Campeões. A preparação para confrontos diretos entre clubes com orçamentos e estruturas distintas exige mais do que talento: exige inteligência tática, resistência emocional e leitura estratégica. Numa era em que cada jogo conta, a gestão de momentos-chave poderá ser o diferencial entre a glória e a eliminação.